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terça-feira, 1 de junho de 2010

MEU SOL

Eu preciso ver o sol. Eu preciso realinhar minha órbita. Mais do que nunca me bateu uma vontade súbita dele. Eu já estou acostumada a querer sempre mais do seu calor, mas agora ele parece muito mais do que só necessário. Um ou dois dias sem ele e eu já fico assim, taciturna. O pior é essa nuvem que se instalou de vez na minha cabeça ocupando todo o espaço que havia entre nós, me impedindo de pelo menos vê-lo nem que seja de tão longe. Eu queria que o meu sol me dissesse alguma coisa, qualquer coisa para eu ter certeza que mesmo sem vê-lo ele vai estar ali sempre e que não vai me abandonar, mas ele se cala e o silêncio dele é um martírio pra mim. É nessas horas que o diabinho vem martelar as coisas na minha cabeça. Será possível que ele não me deixa em paz? “O sol quer me ver sim, o sol quer ficar comigo e ele não vai me deixar!”, eu tento falar isso pra ele a todo momento, mas ele não me deixa acreditar. Não me deixa procurar o sol. Eu fico encurralada e me estaciono. Eu queria ser grande o bastante para o sol não me esquecer, grande o bastante para eu ser tão significante para ele quanto ele é pra mim, mas olhando aqui de baixo, ele se mostra ainda maior de uma forma que parece sem fim. Ah, como ele conseguiu ficar tão independente.
Ah sol, como eu também queria saber viver sem ter você!
Eu espero todo dia você nascer e peço a Deus para não se pôr, mas você sempre vai e volta nesse infinito angustiante. Eu só queria saber me acostumar.

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